Petrobras inicia nova perfuração na Margem Equatorial
A empresa iniciou a perfuração do poço de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Norte
A Petrobras deu mais um passo na busca por óleo e gás na Margem Equatorial, uma região de grande potencial energético, mas também de riscos ambientais. A empresa iniciou a perfuração do poço de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Norte, que pode confirmar a extensão da descoberta de petróleo já feita em 2014.
Um novo poço na Bacia Potiguar
O poço de Pitu Oeste está localizado a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, na Bacia Potiguar, uma das cinco bacias hidrográficas que compõem a Margem Equatorial. A perfuração deve durar de três a cinco meses e vai permitir à Petrobras obter mais informações geológicas da área.
Segundo a nota divulgada pela estatal, o objetivo é “confirmar a extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu”. Na época, a Petrobras anunciou que havia encontrado indícios de óleo de boa qualidade em águas profundas, a cerca de 1.800 metros de profundidade.
A Petrobras também tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar outro poço na Bacia Potiguar, o de Anhangá, que fica a 79 km da costa do estado. Essas perfurações fazem parte da pesquisa da companhia na Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá.
Um plano bilionário e polêmico
No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos, em busca de novas reservas de óleo e gás.
No entanto, a exploração da região enfrenta resistência de grupos ambientalistas, que alertam para os possíveis impactos à biodiversidade, especialmente na foz do Rio Amazonas, onde há um ecossistema único e pouco conhecido.
Em maio, o Ibama negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59, que está situado na bacia da Foz do Amazonas. O órgão ambiental alegou que a empresa não apresentou uma avaliação ambiental de área sedimentar, que é uma análise que identifica os riscos e impactos das atividades de extração e produção de petróleo e gás. A Petrobras apresentou um novo pedido, que ainda está em análise.
Para avançar para a etapa de produção, a Petrobras precisará realizar um novo processo de licenciamento ambiental, que deverá levar em conta os aspectos técnicos, econômicos e socioambientais da operação.