IGP-M tem queda recorde em 2023 e alivia reajuste do aluguel

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

O IGP-M, índice usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, teve uma queda de 3,18% em 2023, a menor da série histórica iniciada em 1989. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A queda do IGP-M em 2023 contrasta com as altas expressivas registradas nos anos anteriores. Em 2020, o índice subiu 23,14%, a maior desde 2002. Em 2021, a alta foi de 17,78%, a segunda maior da série. Em 2022, houve uma desaceleração, mas ainda positiva, de 5,45%.

O IGP-M é composto por três grupos de preços: os do produtor, os do consumidor e os da construção civil. O grupo que mais influenciou a queda do índice em 2023 foi o dos preços ao produtor, que recuou 5%. Os principais responsáveis pela deflação foram os produtos agrícolas, como a soja (-21,92%) e o milho (-30,02%), e os combustíveis, como o óleo diesel (-16,57%).

Já os preços ao consumidor, que afetam mais diretamente as famílias, tiveram uma alta de 3,4% em 2023. Os itens que mais pesaram no bolso dos brasileiros foram a gasolina (11,08%), o plano de saúde (10,36%) e o aluguel residencial (7,15%).

Os preços da construção civil também subiram em 2023, mas em menor ritmo do que nos anos anteriores. O índice que mede esse grupo, o INCC, teve uma alta de 3,32%, contra 8,13% em 2022 e 10,16% em 2021.

A queda do IGP-M em 2023 traz um alívio para os inquilinos, que vinham sofrendo com os reajustes elevados dos aluguéis. No entanto, nem todos os contratos serão beneficiados pela deflação do índice. Isso porque alguns contratos contêm uma cláusula que prevê o reajuste apenas pela variação positiva do IGP-M, ou seja, se o índice for negativo, não há redução do valor do aluguel.

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