Em um país essencialmente rodoviário, as falhas na estrutura causam profundos impactos na economia. Um estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP) utilizando dados da própria Pesquisa CNT de Rodovias indicou que a malha viária inadequada aumenta em 5,0% o consumo de diesel dos veículos.
O risco à vida dos profissionais do volante, o desgaste e o estresse são outros efeitos do descaso com o principal modal de transporte do país.
Manter as pistas em condições seguras e trafegáveis corriqueiramente é visto como despesa, quando deveria ser tratado como investimento.
A má qualidade do pavimento eleva o consumo de diesel e encarece o custo operacional dos transportes em 25%, em média. Isso aumenta o preço final ao consumidor e reduz a competitividade do produto nos mercados nacional e internacional.
Se um governo deseja o desenvolvimento econômico, negligenciar obras nas rodovias definitivamente não é o caminho.
Assim como todos os demais serviços oferecidos pelo setor público, o rodoviário deixa claro que o dinheiro cobrado pelo IPVA e outros mais arrecados pelos governantes, não são aplicados da forma correta. Há um grande descaso com as rodovias e, consequentemente, com a economia do país, já que grande parte precisa de sistemas de transportes eficientes, que só seriam possíveis se as estradas ajudassem.