Bolsa do bem e do mal

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Criada há mais de 20 anos pelo então presidente Lula, o Bolsa Família continua uma incógnita quanto a ser benéfico ou maléfico para a classe menos prestigiada do país. Há em torno do programa um mistério até então não revelado e faz pairar dívidas quanto à sua objetividade. A mensagem do governo diz que ele nasceu da necessidade de o Estado amparar milhões de pessoas que viviam (!?), abaixo da linha de pobreza, contudo, numa visão mais ampla, o programa serviu para desestabilizar o crescimento do país, trocando a dignidade dos mais pobres por migalhas que, sequer, chegam a resolver os problemas de alimentação.
O Bolsa atingiu todos os recantos do Brasil, como sendo um perfeito antídoto contra a miséria. No entanto, por infeliz coincidência, muitas das famílias beneficiadas passaram à condição de “autônomas”, colocando o trabalho em segundo plano. Isto se deu nas cidades, com os empregos domésticos, com os auxiliares da construção civil, nas pequenas indústrias, nos pequenos negócios e, até mesmo no meio dos engraxates, boys, entre outros prestadores de serviços. No campo houve quase que um abandono geral, uma queda na produção e a dificuldade de contratar mão de obra em todas as frentes de serviços.
Não se pode negar o lado bom do programa, mas também é preciso que se diga – o que quase ninguém tem coragem de dizer – que após o Bolsa Família ser lançado, o tráfico passou a ser disseminado em todos os recantos do país, uma vez que os traficantes passaram a correr atrás da bagatela que estava nas mãos de pessoas frágeis e sem cultura social capaz de acender à consciência de que somente o trabalho e o saber engrandecem às pessoas e as tornam dignas.

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