Brasil recebe primeiras doses da vacina do SUS contra dengue

Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados
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O país é o primeiro do mundo a oferecer a vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, no sistema público de saúde

O Brasil iniciou neste sábado (20) a campanha de vacinação contra a dengue, uma doença que afeta milhões de brasileiros todos os anos. O país é o primeiro do mundo a oferecer a vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, no sistema público de saúde.

O governo federal recebeu 720 mil doses gratuitas do imunizante, que serão distribuídas aos estados e municípios de acordo com critérios definidos pelo Ministério da Saúde. A pasta espera receber mais 600 mil doses doadas pela fabricante, além de 5,2 milhões de doses compradas, até novembro.

A vacina Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos de idade, que podem receber duas doses com intervalo de 90 dias entre elas. A vacina tem eficácia de 80,2% contra a dengue, protegendo por 12 meses após a segunda dose. A vacina é feita com vírus atenuado, que não causa a doença, mas estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Neste ano, o público-alvo da vacinação serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que representam o maior número de hospitalizações por dengue, depois dos idosos. A vacina ainda não foi aprovada pela Anvisa para pessoas acima de 60 anos, que podem ter maior risco de complicações por terem a imunidade mais baixa. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

A vacina Qdenga é a única disponível no mercado para prevenir a dengue, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir zika, chikungunya e febre amarela. A dengue pode causar sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, manchas na pele e sangramento. Em alguns casos, pode evoluir para formas graves, que podem levar à morte.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 1,5 milhão de casos de dengue e 1.641 mortes em 2023. A vacinação é uma das estratégias para reduzir o impacto da doença, mas não dispensa as medidas de prevenção, como eliminar os criadouros do mosquito, usar repelente e procurar atendimento médico em caso de suspeita.

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