Governo federal destina R$ 55 milhões para combater a hanseníase no Brasil

Foto: Divulgação/Agência Brasil
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A doença é causada por uma bactéria e pode levar a sequelas graves se não for tratada adequadamente

O governo federal anunciou um investimento de R$ 55 milhões para fortalecer as ações de prevenção e tratamento da hanseníase no país. A doença, que afeta a pele e os nervos, é causada por uma bactéria e pode levar a sequelas graves se não for tratada adequadamente.

A maior parte do recurso, R$ 50 milhões, será destinada a 955 municípios que apresentam alta incidência da doença, com mais de 10 casos por grupo de 100 mil habitantes. Esses municípios deverão realizar a busca ativa de novos casos, aplicar testes rápidos nos contatos dos pacientes diagnosticados a partir de 2023 e resgatar aqueles que abandonaram o tratamento.

Os outros R$ 5 milhões serão divididos entre a pesquisa de novos medicamentos, a abertura de um edital para ONGs que atuam na área de educação em saúde e combate ao preconceito e a continuidade do desenvolvimento de uma vacina específica para a hanseníase, que está sendo testada pela Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde.

O objetivo do governo é eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2025, seguindo as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para isso, é preciso reduzir a taxa de detecção da doença para menos de um caso por 10 mil habitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 19.219 novos casos de hanseníase entre janeiro e novembro de 2023, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2022. O estado de Mato Grosso lidera o ranking nacional, com 3.927 casos, seguido pelo Maranhão, com 2.028 casos. A hanseníase é uma doença endêmica em 24 estados brasileiros, sendo mais frequente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce é fundamental para evitar as complicações da doença, que podem incluir deformidades, incapacidades e estigma social. Os sintomas mais comuns são manchas na pele, alteração da sensibilidade, dor e fraqueza nos nervos. Qualquer pessoa que apresente esses sinais deve procurar uma unidade de saúde para fazer o exame e iniciar o tratamento, se necessário.

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