Ministério Público cobra ações do Ceará contra violência entre torcidas organizadas
O clube deve apresentar ao Ministério Público em até 10 dias as ações tomadas para inibir os embates.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) se reuniu com o presidente do Ceará Sporting Club, João Paulo Silva, para cobrar ações de combate à violência entre as torcidas organizadas do time. A iniciativa partiu do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor) do MP.
A reunião acontece após terem sido registrados episódios de tumulto, agressões físicas com violência mútua e cânticos homofóbicos, conforme informou o Ministério Público. Os casos datam de 13 de janeiro deste ano, em movimentação no cruzamento das avenidas 13 de Maio com Universidade, antes da apresentação do elenco do Ceará.
O promotor de Justiça e coordneador do Nudtor, Edvando França, pontuou que foram aplicadas medidas educativas contra as torcidas organizadas Movimento Força Independente (MOFI) e Torcida Organizada do Ceará (TOC) após o ocorrido. “Causa incompreensão social de como que duas torcidas do mesmo clube protagonizam entre si cenas de barbárie dentro das praças esportivas e de seu entorno”, disse ele.
Com isso, o Ceará fica encarregado de apresentar ao MPCE em até 10 dias as providências tomadas para inibir os casos de violência. “As medidas de repressão precisam ser aplicadas com rigor, já que as referidas torcidas estão prejudicando o clube, seus torcedores e a sociedade em geral, que se sente insegura diante da violência”, disse ainda Edvando França.
O Ministério Público e a Polícia Militar vêm atuando, em paralelo a isso, com ações para tentar inibir a violência no entorno e dentro dos estádios cearenses. O cadastro da biometria facial para entrar nas praças esportivas, por exemplo, já está em fase de implantação. “Nosso objetivo com isso é identificar os criminosos e bani-los dos estádios”, conclui o coordenador do Núcleo.