Dirigentes do Ceará se reúnem com líderes de torcidas organizadas
No encontro estava o presidente do Ceará, João Paulo Silva, juntamente com o diretor do departamento jurídico do clube, Fred Bandeira, além de representantes das torcidas.
O Alvinegro cearense promoveu uma reunião com líderes de duas das principais torcidas organizadas do clube a fim de estabelecer a paz dentro e fora das arquibancadas. A reunião ocorreu 11 dias após uma confusão entre torcidas, nos arredores do estádio Presidente Vargas (PV), após o treino aberto que o time organizou, antes do 1º jogo oficial da temporada.
Participaram do encontro o presidente do Ceará, João Paulo Silva, juntamente com o diretor do departamento jurídico do clube, Fred Bandeira. Representantes das torcidas Cearamor e do Movimento Força Independente (Mofi) estiveram presentes, firmando o compromisso em propiciar um ambiente pacífico para a torcida Alvinegra nos estádios.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) se reuniu nesta segunda-feira (22) com o presidente do Ceará Sporting Club, João Paulo Silva, para cobrar ações de combate à violência entre as torcidas organizadas do time. A iniciativa partiu do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor) do MP.
A reunião entre diretoria do Ceará e torcidas organizadas do clube ocorre dois dias após um encontro entre João Paulo no Ministério Público do Estado (MPCE), onde foi solicitado ao clube que tomasse medidas práticas para conter brigas entre torcidas.
No caso da confusão do treino aberto, no dia 13 de janeiro, foram registrados casos de tumulto, agressões físicas com violência mútua e cânticos homofóbicos, em movimentação no cruzamento das avenidas 13 de Maio com Universidade, antes da apresentação do elenco do Ceará.
O promotor de Justiça e coordneador do Nudtor, Edvando França, pontuou que foram aplicadas medidas educativas contra as torcidas organizadas Movimento Força Independente (MOFI) e Torcida Organizada do Ceará (TOC) após o ocorrido. “Causa incompreensão social de como que duas torcidas do mesmo clube protagonizam entre si cenas de barbárie dentro das praças esportivas e de seu entorno”, disse ele.
Na reunião, o Ceará ficou encarregado de apresentar ao MPCE em até 10 dias as providências tomadas para inibir os casos de violência. “As medidas de repressão precisam ser aplicadas com rigor, já que as referidas torcidas estão prejudicando o clube, seus torcedores e a sociedade em geral, que se sente insegura diante da violência”, disse ainda Edvando França.
O Ministério Público e a Polícia Militar vêm atuando, em paralelo a isso, com ações para tentar inibir a violência no entorno e dentro dos estádios cearenses. O cadastro da biometria facial para entrar nas praças esportivas, por exemplo, já está em fase de implantação. “Nosso objetivo com isso é identificar os criminosos e bani-los dos estádios”, conclui o coordenador do Núcleo.