Justiça de Camocim instaura incidente de insanidade mental no caso do policial Dourado
O policial civil Dourado, acusado de matar quatro colegas de trabalho na delegacia de Camocim, no Ceará, em agosto de 2023, passará por um exame de insanidade mental, conforme decisão da juíza Amaiara Cisne Gomes, da 1ª Vara Criminal de Camocim. A magistrada acatou o pedido da defesa do réu, que alega que o réu sofria de transtorno mental no momento do crime.
A decisão, proferida nesta quinta-feira (25 de janeiro de 2024), suspende o andamento da ação penal e a audiência que estava marcada para o dia seguinte, até que seja concluído o incidente de insanidade mental. O exame será realizado pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que deverá emitir um laudo sobre a capacidade do réu de compreender o caráter ilícito do fato e de se autodeterminar de acordo com esse entendimento.
O advogado de defesa do policial Dourado, o criminalista Oseas Rodrigues, afirmou que a decisão foi acertada e que a perícia é fundamental para garantir o direito de defesa do seu cliente. Ele disse que há indícios de que o réu sofria de surtos psicóticos na época do cometimento do delito. A defesa nega que o crime tenha sido motivado por vingança ou desavença com os colegas.
O crime chocou a cidade de Camocim. Segundo a denúncia do Ministério Público, Dourado entrou na delegacia armado com uma pistola e disparou contra os quatro colegas que estavam no local. Em seguida, ele fugiu em uma viatura e teria ligado para a polícia relatando o ocorrido, tendo sido preso em sua residência.
Dourado foi denunciado por quatro homicídios qualificados, por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas e por motivo de serviço. Ele está preso preventivamente na unidade prisional de Sobral