Dengue avança no Brasil e preocupa autoridades de saúde

Foto: Divulgação/Fiocruz
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Em comparação com o mesmo período do ano passado

O Brasil enfrenta um aumento expressivo de casos e mortes por dengue nas primeiras semanas de 2024. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 120.874 casos prováveis e 12 óbitos pela doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 170% nos casos e uma redução de 53,8% nas mortes.

A situação é considerada grave pelas autoridades de saúde, que confirmaram a circulação dos quatro sorotipos da dengue no país – inclusive o sorotipo 3, que não era registrado de forma epidêmica há mais de 15 anos. O sorotipo 1 é o mais frequente atualmente.

“Vivemos um momento de grande preocupação em relação à dengue”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25). Ela alertou para a necessidade de intensificar as ações de prevenção e combate ao mosquito, especialmente no verão, período de maior incidência da doença.

Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

A diretora do departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz, reforçou que a circulação dos quatro sorotipos aumenta o risco de epidemias e de casos graves, já que a infecção por um sorotipo não garante imunidade contra os demais. “Temos a circulação dos quatro sorotipos ao mesmo tempo no país. Realmente é bastante preocupante”, afirmou.

Outras arboviroses Além da dengue, o Brasil também registra casos de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como chikungunya e zika. Nas três primeiras semanas de 2024, foram notificados 7.063 casos de chikungunya, com uma morte confirmada e oito em investigação. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 34,1% nos casos e uma estabilidade nas mortes.

Já os dados de zika se referem ao segundo semestre de 2023, quando foram registrados 1.954 casos prováveis, sendo 116 em gestantes. Não houve nenhuma morte pela doença, que está associada a complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré. A taxa de incidência foi de 1 caso para cada grupo de 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde informou que monitora a situação das arboviroses no país e que repassa recursos para os estados e municípios realizarem ações de vigilância, prevenção e controle. A pasta também destacou a importância da participação da população na eliminação dos criadouros do mosquito, que se reproduz em locais com água parada.

A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

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