O reinado dos abutres
Vergonhosamente, o município de Sobral, especialmente a sua sede, ainda enfrenta problemas similares aos que existiam no princípio de sua formação. Não se pode negar que alguns cenários e personagens mudaram através da ação humana, que não foi lá essas coisas em termos de evolução.
Um rápido passeio pelos bairros ou mesmo em diversos pontos do centro, já é suficiente para se chegar à triste conclusão de que a gestão municipal é porcalhona e sem compromisso com o bem-estar da população, a começar pelo acúmulo de lixo nas calçadas, que supera ao número de árvores dos canteiros públicos. São milhares de sacolas amontadas, algumas ao redor de lixeiras que custam mais de R$ 25 mil.
Os reclames vêm de todos os cantos, não importa se de favelados ou burgueses, que se igualam e se confundem na visão caótica do atual gestor. A gestão de Sobral foge completamente do plano diretor da cidade, chegando a se parecer com um barco sem bússola, em meio à tempestade. Os demais poderes se mostram insignificantes, quando não se indignam com as atrocidades. Aliás, por aqui só existe um poder; os demais não passam de coadjuvantes.
O lado mais trágico desse episódio é saber que os caudilhos do poder já se movimentam para lançar um sucessor do caos, um extraterrestre que possa destruir o que ainda temos de bom na cidade. Que Deus se apiede de Sobral e faça cair por terra esse poder miserável que o atormenta com má digestão.