Taxa média de juros cai e spread bancário aumenta em 2023

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A taxa básica de juros, a Selic, que é um dos elementos que compõem a taxa de captação pelo banco, recuou de 13,75% para 11,75% no ano

A taxa média de juros para novas contratações encerrou 2023 em 28,4%, representando uma queda de 1,7 ponto percentual (p.p.) no ano, após a alta de 5,6 p.p. registrada em 2022, de acordo com as estatísticas monetárias e de crédito divulgadas pelo Banco Central nesta terça-feira (6).

No entanto, a queda na taxa foi acompanhada por um aumento de 0,4 p.p. no spread geral, que é a diferença entre a taxa de captação de dinheiro pelo banco e a taxa cobrada dos clientes, que ficou em 19,7 p.p.

A taxa básica de juros, a Selic, que é um dos elementos que compõem a taxa de captação pelo banco, recuou de 13,75% para 11,75% no ano. Atualmente, a Selic está em 11,25%.

No crédito livre, onde os bancos têm autonomia para emprestar dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes, as taxas de juros cobradas de pessoas físicas ficaram em 54,2% ao ano, o que representa uma redução de 1,5 p.p. no ano.

De acordo com o Banco Central, esse resultado foi obtido em um contexto de aumentos no crédito pessoal não consignado (12,1 p.p.) e no cartão rotativo (28,9 p.p.), e com recuos no crédito consignado total (2,1 p.p.) e nos financiamentos para aquisição de veículos (3,2 p.p.).

No crédito livre para empresas, a taxa de juros alcançou 21,1% ao ano, representando uma queda de 1,9 p.p. no ano. A taxa média de juros situou-se em 40,8% ao ano em dezembro de 2023, uma redução de 1,0 p.p. no ano.

O crédito livre para as famílias atingiu R$1,9 trilhão, refletindo um crescimento de 7,9% no ano, após uma variação de 17,5% em 2022. O crédito não rotativo aumentou 8,7% e o crédito rotativo cresceu 5,6% no período.

O Banco Central destacou a expansão das modalidades de crédito pessoal não consignado, crédito consignado de servidores públicos e de beneficiários do INSS, aquisição de veículos, cartão parcelado e cartão à vista, bem como a redução no cartão rotativo. Em dezembro, os resultados apresentaram uma expansão de 0,3%, com destaque para o consignado dos servidores públicos, aquisição de veículos e compras à vista no cartão de crédito.

O BC acrescentou que, em dezembro, há um efeito sazonal de redução em modalidades como cheque especial e cartão rotativo.7de10

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