De acordo com a mãe do bebê, o médico dormiu durante a consulta e usou a ficha de outra criança oito anos mais velha

A jovem Maria Clara, moradora do distrito de Aracatiaçu, a 64 quilômetros da sede Sobral, mãe de um bebê de apenas um mês e 22 dias, que estava sentindo dores, fez a denúncia ao Sistema Paraíso de que nas primeiras horas do dia 16 de fevereiro, procurou o Centro de Saúde da Família (CSF), Lêda Prado, do logradouro, quando foi atendida pelo médico plantonista que usou a ficha de outro paciente com outros sintomas e oito anos mais velho que seu filho.

Ainda de acordo com a mãe, o médico estava estranho, inclusive, dormiu durante o atendimento. “O nenêm estava chorando, ficamos preocupados e fomos atrás de assistência médica. Quando a gente entrou na sala, não sei o que o médico tinha, mas ele baixou a cabeça e começou a dormir. Esperamos até que ele voltasse a nos atender”, disse Maria Clara.

A denunciante relatou que o documento denominado de “Escuta Inicial”, impresso pelo médico, é de uma outra criança de oito anos que apresentava vômito, atendida poucas horas antes. Os pais, percebendo o comportamento estranho do médico se recusaram a dá a medicação de vômito e voltaram para casa.

“Ele não pegou no menino, nem olhou o que ele tinha e passou uma injeção para vômito. Aí quando ele xerocou o papel que estava tudo errado, percebemos o erro e fomos para casa para voltar no outro dia para ser atendido por outro médico. Meu filho não estava vomitando, não estava com diarreia, ele só estava chorando e a gente se preocupou”, disse.

Maria Clara informou que o clínico culpou a enfermeira que fez o pré-atendimento. A enfermeira procurou a família para explicar que a causação é injusta e pediu desculpas pelo mal entendido. “O atendimento com a enfermeira foi ótimo, mas ele colocou a culpa nela. A medicação era para outra criança de 8 anos e ficamos com medo de acontecer o pior com o nosso filho que ainda não tem dois meses”, falou indignada a mãe do bebê.

O Sistema Paraíso não conseguiu falar com a gerente do CSF. Os outros agentes da unidade não quiseram falar sobre o caso e não passaram informações do médico denunciado. A assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde de Sobral não atende às tentativas de contato do Portal Paraíso.