A política sem graça do Brasil

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As campanhas políticas de hoje deixam tudo a desejar quando comparadas com as do passado, que eram atrativas, envolventes e animadas. Por toda parte se via fotografias de políticos, principalmente de candidatos a prefeito e a vereadores, que geralmente andavam em bando, invadindo comunidades, abraçando moradores, apertando e balançando mãos, cochichando promessas aos ouvidos e distribuindo santinhos com suas melhores fotografias.
Logo cedo, os sons das charangas despertavam o povo e carregavam uma multidão de meninos que disputava os santinhos dos candidatos e algumas balas que eram jogadas durante o percurso da animação. Essa era a primeira parte do espetáculo, uma vez que, ao final da tarde era dado início à preparação dos comícios, ou dos terreiros alegres, como alguns políticos denominavam suas reuniões públicas. Enquanto isso, na casa dos candidatos os eleitores faziam filas para apresentar a lista de pedidos. Geralmente era o cabo eleitoral quem levava os pedidos, recebia-os e entregava aos pedintes, a fim de não comprometer à imagem dos candidatos perante a Justiça Eleitoral.
Os dias mais ansiados eram os das passeatas, que depois viraram carreatas. Esses eventos eram antecedidos pela a distribuição de camisetas, Fita cassete, CD, bandeiras, cartazes, santinhos e outros materiais de identificação de suas alas.
A Justiça Eleitoral transformou as campanhas em movimentos sem graça, no entanto, nunca teve competência de evitar desvios de recursos, corrupções e outras imoralidades da política.

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