A medida visa prevenir mortes e sequelas causadas por essas crises

Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados pretende garantir o fornecimento gratuito de canetas de adrenalina autoinjetáveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes que sofrem de reações alérgicas graves, chamadas de anafilaxias. A medida visa prevenir mortes e sequelas causadas por essas crises, que podem ocorrer em minutos após o contato com o alérgeno, como alimentos, medicamentos, picadas de insetos ou látex.

A caneta de adrenalina é um dispositivo que contém uma dose pré-estabelecida do hormônio, que deve ser aplicado na coxa do paciente assim que os primeiros sintomas da anafilaxia surgirem, como dificuldade para respirar, inchaço na boca ou na garganta, urticária, náusea, vômito, queda da pressão arterial ou perda da consciência. A adrenalina age rapidamente, revertendo os efeitos da reação alérgica e permitindo que o paciente busque atendimento médico especializado.

A caneta de adrenalina é essencial para salvar vidas e reduzir o risco de complicações graves, especialmente em locais onde o acesso a serviços médicos pode ser limitado ou demorado. As reações alérgicas graves é uma emergência médica potencialmente fatal que pode afetar diversos órgãos e sistemas simultaneamente, e que a administração célere da adrenalina autoinjetável é a primeira linha de tratamento para esses casos.

O projeto de lei 85/24 prevê que os pacientes que necessitam da caneta de adrenalina deverão comprovar a indicação médica por meio de laudo, que deverá conter o diagnóstico, a gravidade e a frequência das crises, bem como o tipo de alérgeno envolvido. O projeto também determina que o Ministério da Saúde deverá regulamentar os critérios e os procedimentos para a distribuição das canetas, bem como promover campanhas de conscientização sobre a prevenção e o tratamento das reações alérgicas graves.