Os monstros saíram da lagoa

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A música Cálice, do Chico Buarque, teria tido como título o Cale-se! O autor e intérprete queria e quis, fazer uma crítica ao autoritarismo dos militares, num governo que durou mais de duas décadas, dividindo opiniões entre o povo brasileiro.
O regime, para artistas, antigovernistas, comunistas, terroristas e outras classes rebeldes foi um período de dor e sofrimento, ao qual nos proíbem de fazer referências na atualidade. O que uma ala de historiadores e uma banda da imprensa prega não condiz com o que os remanescentes de então virão na prática, e que para eles, significou uma saga de muito desenvolvimento para o Brasil, que à época, chegou a atingir um PIB (Produto Interno Bruto) superior a 15%, fato jamais alcançado em outros períodos da história.
Tirando a farda dos militares e vestindo o paletó dos políticos, mais que perceber, o povo sente uma enorme diferença em todos os segmentos do país. O que era ordem virou confusão, e o que era progresso tornou-se corrupção. Se pode imaginar essa louca transformação como um gato que vigiava os queijos, e que fora expulso pelos ratos que, rapidamente devoraram todo o estoque.
Naquela época, não foram todos os brasileiros que viram o “monstro emergindo da lagoa”; agora sim, todos veem muitos monstros já fora da lagoa, com suas capas assustadoras, negando direitos e liberdades às pessoas. Enquanto isso, o Chico não canta, não recita e nem pede o cálice, já se conforma com a Rouanet.

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