Nordeste lidera ranking de matrículas em tempo integral

Foto: Marcos Studart
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O Ceará é o campeão, com 51,4% das matrículas em tempo integral, seguido pelo Piauí, com 48,9%, e pelo Maranhão, com 40,3%

O Nordeste é a região que mais investe em educação em tempo integral no ensino fundamental, segundo o Censo Escolar 2023, divulgado pelo MEC e pelo Inep. Dos dez estados com maior percentual de alunos matriculados nessa modalidade, oito são nordestinos. O Ceará é o campeão, com 51,4% das matrículas em tempo integral, seguido pelo Piauí, com 48,9%, e pelo Maranhão, com 40,3%.

A média nacional de matrículas em tempo integral no ensino fundamental é de 17,5%. Além dos estados nordestinos, apenas Tocantins, com 35,7%, e São Paulo, com 21,9%, superam essa média. Os estados com menor adesão à educação em tempo integral são Rondônia, com 2,9%, Amapá, com 4,4%, Roraima, com 4,5%, e Santa Catarina, com 5,8%.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o desempenho do Nordeste e atribuiu o resultado às políticas públicas implementadas pelo governo federal, como o Programa Escola em Tempo Integral, que visa ampliar o número de vagas nessa modalidade de ensino. O programa, sancionado pelo presidente Lula em julho de 2023, prevê R$ 4 bilhões em investimentos para criar 1 milhão de novas matrículas em tempo integral nas escolas de educação básica até 2026.

O diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, apresentou um gráfico que mostra a evolução das matrículas em tempo integral no ensino fundamental nos últimos cinco anos. Em 2019, o percentual de alunos que estudavam em tempo integral nos anos iniciais era de 10,1%, e nos anos finais, de 10,3%. Em 2020, houve uma queda para 8,4% nos anos iniciais e 7,5% nos anos finais, devido à pandemia de Covid-19. Em 2021, houve uma recuperação para 9,3% nos anos iniciais e 9,9% nos anos finais. Em 2022, houve um salto para 11,4% nos anos iniciais e 13,4% nos anos finais. Em 2023, o censo registrou 13,6% nos anos iniciais e 16,5% nos anos finais.

“Esse crescimento é uma resposta bastante importante, decorrente das políticas que estão em curso no ministério. A resposta foi muito rápida em relação ao comportamento dessas matrículas de tempo integral”, avaliou o ministro. Ele também elogiou o esforço dos estados em ampliar a permanência dos estudantes na escola e disse que espera que, em 2024, a proporção de matrículas em tempo integral seja ainda maior.

A educação em tempo integral é considerada uma estratégia para melhorar a qualidade da educação, reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento integral dos estudantes. Segundo o MEC, os benefícios dessa modalidade incluem o aumento do rendimento escolar, a diminuição da evasão e da repetência, a ampliação das oportunidades de aprendizagem e o fortalecimento dos vínculos entre a escola e a comunidade.

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