Gestões destruidoras

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De tanto ter tido quase tudo, e hoje, quase mais nada ter, Sobral está sendo conhecida como a cidade do “já era e do já teve”. A partir de 1997, as gestões têm causado espanto à sociedade, primeiro por mantê-la à margem de projetos e ações; depois, com ações perversas, praticadas com o sentido único de matar o passado e colocar no anonimato os construtores e empreendedores do desenvolvimento, anteriores à implantação da atual monarquia.

Quem se lembra do parque de exposições, da cadeia pública, do Teatro São João, do Derby, da AABB, dos memoráveis carnavais, das atividades culturais tais como exposições, encenações, quinteto de cordas, banda de música tocando nas praças, cinemas, as praças lotadas de crianças, campos de futebol, do Guarany, do Tiro de Guerra, da Unidade Mista de Saúde e dos verdadeiros amantes de Sobral?

Quem lembrar, ao menos lamente essa atual e grande tempestade.
As gestões mais recentes atuaram como retroescavadeiras destruindo o restante do conjunto de equipamentos que, durante muitas décadas, serviu como pontos de entretenimento, servindo como estimulador de negócios, a partir da apresentação dos cenários e potenciais da terra.

O que para os leigos é modelo de gestão, para historiadores, estudiosos, pesquisadores, bairristas e outros admiradores de Sobral, todo o município passa por um período de dilapidação patrimonial, histórica e cultural, que chega a ser encarado como desmonte de todo um contexto de elementos, que antes compunham seu patrimônio, honravam suas tradições e zelavam sua memória.

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