Dengue atinge populações periféricas com mais severidade

Foto: Edwalcyr Santos/Sistema Paraíso
Compartilhe

As condições precárias de saneamento básico e moradia, combinadas com a falta de acesso à saúde e educação, tornam essas populações mais vulneráveis

A dengue, uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, está afetando desproporcionalmente as populações periféricas, de acordo com relatos recentes. A auxiliar de serviços gerais Juliana Pereira e seu irmão Jeferson Muniz, moradores da Cidade Estrutural, uma região administrativa periférica do Distrito Federal, são exemplos dessa realidade. Ambos foram vítimas da dengue, assim como o filho de Juliana, Vitor, de apenas 3 anos de idade.

A família vive em uma área “cercada de mato, lixo, água parada e falta de estrutura”, como descreve Juliana. Essas condições precárias de saneamento básico e moradia, combinadas com a falta de acesso à saúde e educação, tornam essas populações mais vulneráveis à disseminação de doenças como a dengue, segundo o médico infectologista José Davi Urbaez.

Jeferson, que trabalha em um lava jato, teve que interromper suas atividades devido aos sintomas da doença, que incluíam dores no corpo, falta de ar e muito enjoo. Ele e sua família buscaram atendimento em uma tenda instalada pelo governo do Distrito Federal junto à Unidade Básica de Saúde da região, em resposta à crise sanitária na capital do país.

A situação é alarmante. Apenas na Unidade Básica de Saúde da região, já foram confirmados 2.391 casos da doença até sexta-feira (1º). Além disso, os dez postos com mais notificações da doença estão todos localizados em áreas mais vulneráveis, que já contabilizam 27.264 casos.

Esses números ressaltam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para melhorar as condições de vida nessas áreas e prevenir a disseminação de doenças infecciosas como a dengue.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content