Demolição do Edifício São Pedro custará cerca de R$ 1,7 milhão

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A demolição do Edifício São Pedro, localizado na Praia de Iracema, em Fortaleza, será iniciada nesta terça-feira, 5, um dia após o anúncio feito pelo prefeito José Sarto. Os trabalhos deverão durar até 90 dias e custarão cerca de R$ 1,7 milhão à Prefeitura.

Em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, o secretário de Infraestrutura, Samuel Dias, reafirmou que a gestão municipal buscará o ressarcimento dos custos da demolição com os proprietários do prédio.

“Essa demolição está orçada em, aproximadamente, R$ 1,7 milhão. A Prefeitura está tomando a frente em função dessas condições específicas de risco potencial. Vai fazer a demolição, e as custas vão ser ressarcidas. Vamos buscar o ressarcimento disso com os proprietários do prédio”, disse.Ainda segundo o secretário, o trabalho será realizado por uma empresa terceirizada, contratada pela Prefeitura para fazer serviços dessa natureza.

 Em relação ao processo de demolição, Samuel Dias detalhou que os trabalhos ocorrerão de cima para baixo.

“Foi feito um reforço com escoras nos quatro primeiros andares para a gente aumentar um pouco a segurança e acessar o prédio. A partir daí, através de guindastes, gruas e máquinas pesadas, a gente sobe até o topo do prédio e começa a, mecanicamente, desmontar o prédio de cima para baixo”, explicou. 

O material desmontado será colocado no terreno ao lado e levado à reciclagem para reaproveitamento. Ao fim dos trabalhos, o titular da Seinfra destacou que a calçada será reformada, de acordo com o projeto de revitalização da Praia de Iracema, porém os proprietários do imóvel deverão decidir o que será feito no local.

“Após a demolição, nós vamos deixar a área limpa, vamos fazer as calçadas dentro do projeto da revitalização da Praia de Iracema, mas o terreno pertence ao ente privado, aos proprietários, e cabe aos proprietários a decisão do que vão fazer com o terreno”, afirmou.

Edifício São Pedro: retirada de moradores do local

O secretário municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Francisco Ibiapina, apontou que 16 pessoas em situação de rua foram retiradas do edifício na última sexta-feira, 1º. Porém, apenas parte delas demonstrou interesse em integrar o programa de aluguel social da Prefeitura de Fortaleza.

“Das 16 pessoas que estavam aqui, oito pessoas demonstraram interesse pelo Aluguel Social, nenhuma quis o abrigamento. Grande parte, acho que em torno de 90%, não tem documentação. Então, nós estamos nesta fase preliminar de emissão da documentação para permitir que as oito pessoas que demonstraram interesse passem a integrar o programa de aluguel social da Prefeitura de Fortaleza”, afirmou.

Ibiapina pontuou que a gestão realiza o acompanhamento das 16 pessoas e as equipes disponibilizaram os serviços de assistência à população, como casas de acolhimento, Aluguel Social, Refeitórios Sociais, Centros de Convivência para pessoas em situação de rua e as Pousadas Sociais.

Algumas pessoas que moravam no local também tinham pertences no edifício e, segundo o secretário, receberam apoio para a retirada dos objetos pessoais.

“A saída do equipamento foi totalmente voluntária, foi fruto de uma abordagem técnica. Eles compreenderam a situação de risco em que estavam submetidos e saíram voluntariamente”, finalizou.Por outro lado, parte das pessoas que se abrigavam no Edifício São Pedro estava no entorno na manhã desta terça-feira e relata que não conseguiu retirar os pertences do local.

Wanderson Morais, de 27 anos, morava no local há mais de dez anos e afirmou que objetos, como televisão, cama e geladeira continuam no local: “Por que eles não avisaram para eu retirar as minhas coisas?”

A esposa dele, Micaele Roberta, lamentou ter que sair do edifício, principalmente no inverno. Segundo ela, a Prefeitura apenas informou que o local seria demolido e que eles teriam que sair.

Fonte- O Povo





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