Presidente do Banco Central vê trajetória “benigna” da inflação

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O mercado ainda mantém uma expectativa futura de inflação acima da meta

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (4) que a curva da inflação no Brasil está seguindo uma trajetória “benigna”. Ele destacou que o setor de serviços é o que demanda mais atenção, pois “começou a pressionar um pouco” os preços.

Em um evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Campos Neto enfatizou a necessidade de monitorar a dinâmica da inflação no setor de serviços. “A gente fez várias análises sobre a dinâmica de inflação de serviço e entende que não tem nada, hoje, que acenda nenhum tipo de luz vermelha, mas que a gente precisa estar atento”, disse.

Apesar do BC já ter manifestado que perseguirá a meta de inflação à risca, o mercado ainda mantém uma expectativa futura de inflação acima da meta. Segundo Campos Neto, essa projeção fora da meta pode ser explicada por vários fatores, incluindo a percepção da necessidade de mais controle fiscal.

O presidente do BC também destacou que a taxa básica de juros no Brasil ainda está elevada, mas tem diminuído em relação aos demais países emergentes. “Quando a gente compara as taxas de juros reais no Brasil com outros países, a gente chega à conclusão de que ela é mais alta, infelizmente, do que grande parte dos países, mas essa diferença é menor do que foi no passado”, afirmou.

Ele acrescentou que, em comparação com outros países emergentes, a taxa de juros do Brasil está abaixo do México. A declaração de Campos Neto reforça a importância de manter a vigilância sobre a inflação e a necessidade de políticas fiscais sólidas para garantir a estabilidade econômica do país.

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