SUS incorpora teste inovador para detecção de HPV em mulheres

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A portaria foi publicada nessa sexta-feira (8) no Diário Oficial da União

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de um teste inovador para detecção do HPV em mulheres ao Sistema Único de Saúde (SUS). A nova tecnologia, que utiliza testagem molecular para detecção do vírus e rastreamento do câncer do colo do útero, foi classificada pelo próprio ministério como um avanço significativo. A portaria foi publicada nesta sexta-feira (8) no Diário Oficial da União.

O Ministério da Saúde investiu R$ 18 milhões em um projeto piloto que utilizou o teste ao longo de 2023 em Pernambuco. A decisão de incorporar a estratégia para uso em todo o território nacional representa um ganho para as mulheres, pois além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, aumenta o intervalo de realização do exame.

Enquanto a forma atual de rastreio do HPV, por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, deve ser realizada a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem proposta pela nova tecnologia é recomendada para ser feita a cada cinco anos. Essa mudança facilita o acesso ao exame e promove uma melhor adesão das mulheres ao rastreamento.

O HPV é atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de ser uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

Embora existam alternativas para prevenção – como a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos nas relações sexuais e a realização do rastreio para diagnóstico precoce – a doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. Na região Norte do país, por exemplo, essa é a principal causa de óbito entre as mulheres.

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