De volta ao Velho Oeste

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O município de Sobral registra uma escalada histórica no aspecto da violência. A cada ano os números de roubos, furtos, assaltos, assassinatos e latrocínios crescem e provocam pânico nos moradores. Por mais que clame, reclame e até implore ações do poder público, a bandidagem aumenta seu raio de ação, mapeando o município, criando franquias e ganhando mais adeptos.

De tão fracassado que está, o poder público municipal se mostra engessado, empalidecido e acovardado diante de todo o estado de terror que os sobralenses estão passando. O mais estranho de todo esse episódio é o silêncio da parte das autoridades, que não se mostram preocupadas a não ser com seus vultosos salários. Estes não têm mais traços de mocinhos.

A criminalidade deixou de ser uma onda e passou a ser instituição respeitada por políticos e juristas, já que os primeiros precisam dos votos e os outros do dinheiro que advém das fianças, dos alvarás de soltura ou de habeas corpus. Assim sendo, está declarado o estado de abandono à população que, por sua vez, nada pode fazer senão se esconder como ratos em esgotos, evitando os atos de atrocidade.

O Brasil inteiro está dominado e ciente de que a bandidagem está assumindo o poder em todas as esferas nacional. Este é um entendimento do qual muitas autoridades descordam, notadamente as que podem morar em palácios, ter carros blindados e contratar guarda-costas. Já para a galera do nada tem, o jeito é fixar os olhos nos blogues e esperar pelas próximas cenas do faroeste sobralense.

Editorial – 12-03-2024

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