Robinho diz que condenação por estupro foi resultado de racismo na Justiça

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Ele ainda negou que tenha cometido estupro, conforme denunciado por mulher na Itália.

Ao falar pela primeira vez sobre a condenação por estupro na Itália, o ex-jogador Robinho disse considerar que o resultado decorre de racismo sofrido por ele durante o processo judicial. Ele falou sobre o tema em entrevista.

Na ocasião, ele também negou as acusações e narrou detalhes sobre o encontro com a mulher que o denunciou. “Em nenhum momento ela estava alterada, teve um comportamento diferente, era um local bem calmo, ela não aparentou estar inconsciente e as provas mostram que ela não estava”, disse Robinho.

“Fica bem claro que eles tinham o objetivo principal de me condenar de algo que eu não fiz. Porque todos os outros se dispuseram a ir lá dar depoimento, mostrar suas provas e em nenhum momento a justiça italiana chamou nenhum deles. Sei que não fiz nada, que não cometi nenhum crime, não engravidei nenhuma mulher”, disse ele, ainda.

O ex-jogador também comentou que pessoas com quem ele não tinha contato começaram a extorqui-lo, cobrando quantias que chegavam a 60 mil euros. “Falei: não, não vou pagar nada, não cometi nenhum crime, não engravidei ninguém, então não vou pagar nada. Não tem por que pagar. Seria até mais fácil, se tivesse cometido um crime, pagar para terminar esse assunto, mas não foi o que aconteceu”, pontuou ele.

Ele considera que o racismo foi o grande fator que o levou a ser condenado, como diz já ter visto em outros casos com colegas. “Cansei de ver histórias de racismo, com companheiros meus. Os mesmos que não fazem nada com isso não os mesmos que estavam no meu julgamento.”

Robinho havia sido condenado a nove anos de prisão por violência sexual (estupro) cometida contra uma mulher na cidade de Milão, no ano de 2013. A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pela defesa do atleta.

Em 2014, quando foi interrogado, o atacante brasileiro admitiu relação sexual com a vítima e negou as acusações de estupro. O processo, iniciado em 2016, teve a primeira sentença no fim de novembro de 2017. A defesa do jogador alegou, na ocasião, que era impossível provar que a mulher estava em condição de inferioridade psíquica e física, conforme texto da sentença. Em dezembro de 2020, a corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do brasileiro.

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