Conselho de Segurança da ONU aprova resolução exigindo cessar-fogo imediato em Gaza
Estados Unidos se abstiveram na votação; todos os outros 14 membros restantes do colegiado votaram a favor
O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta segunda-feira (25), uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
Os Estados Unidos se abstiveram na votação. Todos os outros 14 membros restantes do colegiado votaram a favor – incluindo os membros permanentes Rússia, China, Reino Unido e França.
O texto foi proposto pelos 10 membros eleitos do órgão – Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça.
Washington tinha sido avesso à palavra “cessar-fogo” no início da guerra de quase seis meses na Faixa de Gaza e usou o seu poder de veto para proteger Israel.
Mas em meio à crescente pressão global por uma trégua na guerra que já matou mais de 32 mil palestinos, os EUA se abstiveram na votação desta segunda-feira.
A medida permitiu que o Conselho de Segurança exigisse um cessar-fogo imediato no mês de jejum muçulmano do Ramadã, que termina daqui a duas semanas.
A resolução exige também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Israel diz que o Hamas fez 253 reféns durante o ataque de 7 de outubro.
A resolução do Conselho de Segurança também “enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção dos civis em toda a Faixa de Gaza e reitera a sua exigência de levantamento de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala”.
A rádio do exército de Israel informou pouco antes do início da reunião do Conselho que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, cancelaria o envio de uma delegação a Washington se os EUA não vetassem a resolução.
Os EUA vetaram três projetos de resolução do Conselho sobre a guerra em Gaza. Também já se absteve duas vezes, permitindo ao Conselho adotar resoluções que visavam aumentar a ajuda a Gaza e apelavam a pausas prolongadas nos combates.
A Rússia e a China também vetaram dois projetos de resolução dos EUA sobre o conflito – em outubro e na sexta-feira.