O Brasil – que era cantado em prosa e versos, que inspirava compositores, poetas, escritores, que nos dava orgulho e enorme satisfação – já não mais pertence ao seu povo e pouco desperta o interesse, muito embora suas principais belezas continuem existindo.

Que pena Brasil, que acabaram com as culturas de cantar o teu hino, elevar tua bandeira em pavilhões, reverenciar tua história, teus símbolos, teus vultos e tua grandeza. A quase mais ninguém importam teus valores, tuas fábulas e encantos. O que ainda é perseguido é somente teu meio ambiente, onde quadrilhas organizadas e devassadoras roubam tudo o que tens de valor, da mesma forma como o fizeram os portugueses quando te encontraram e deram fim ao teu sossego.

O que houve com a tua soberania, com o teu poder, com a tua seriedade, com a tua credibilidade… O que é que há Brasil? Por que não reages e espanta os ladrões, por que não cobras justiça, compromisso e o amor que tinhas outrora? Já não há Pedros, já não tem mais espadas, riachos e homens valorosos. Perdeste Brasil! Perdeste feio para os algozes de tua existência.

Neste tempo de desgoverno em que os ratos matam os gatos e tomam conta do queijo, só há uma saída: a reza. O Brasil precisa de reza, de joelhos no chão e mãos elevadas ao céu para pedir clemência e uma nova nação, com gosto de pátria, com cheiro de amor e cumplicidade, pois um país de verdade não alimenta serpentes em urnas.

Editorial – 03/04/2023