Conselho de Ética instaura processo contra o deputado Chiquinho Brazão
Após a instauração do processo, será sorteada a lista tríplice para escolher o relator
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou nesta quarta-feira (10) um processo contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Brazão, que está preso desde o último dia 23, é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.
Brazão nega as acusações e defende que os debates que manteve com a vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao assassinato de Marielle. O Psol pede a cassação do mandato de Brazão, alegando que o deputado desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer ilegalidades e irregularidades.
Após a instauração do processo, será sorteada a lista tríplice para escolher o relator. O conselho também vai instaurar um processo do PL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), acusado de agredir o deputado Abilio Brunini (PL-MT) durante audiência na Comissão de Legislação Participativa sobre a guerra entre Israel e a Palestina.
Em outro processo, com tramitação mais adiantada, o PT acusa Brunini de ofender palestrantes na mesma audiência. O relator, deputado Alexandre Leite (União-SP), recomendou censura verbal a Brunini.
O conselho também precisa votar o parecer do deputado Julio Arcoverde (PP-PI) à Representação 23/23, do PT, Psol, PCdoB e PSB, contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP). Os partidos acusam Salles de fazer “apologia ao regime de exceção que vigorou entre os anos 1964 e 1985 no País”.
Além disso, o conselho deve instalar mais dois processos: a Representação 2/24, do PL contra a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), acusada de ter ofendido a família do ex-presidente Bolsonaro em reunião da Comissão de Segurança Pública; e a Representação 3/24, do Psol contra o deputado Delegado Da Cunha (PP-SP), acusado de violência doméstica.
Após a instauração desses processos, serão sorteadas as listas tríplices para escolher os relatores.