Dengue tem queda ou instabildiade em 21 Estados e no DF
Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe permanecem com tendência de aumento de registros da doença
A dengue, uma doença transmitida por mosquitos que afeta milhões de pessoas no Brasil todos os anos, está mostrando sinais de queda ou estabilidade em 21 estados e no Distrito Federal. Nove unidades federativas, incluindo Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal, estão com uma tendência consolidada de queda no número de casos de dengue.
Outros 13 estados, incluindo Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo, apresentam tendência de estabilidade. No entanto, Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe permanecem com tendência de aumento de registros da doença.
Desde o início do ano, o Brasil registrou 2.965.988 casos prováveis de dengue, sendo 28.395 casos graves e com sinais de alarme. Foram registradas 1.117 mortes por dengue em todo o país, e outros 1.806 óbitos estão em investigação.
Apesar do cenário positivo, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, enfatiza a necessidade de manter as ações de prevenção e estar atento aos sinais da doença. “Ainda tem um caminho que precisa ser percorrido com muita atenção, porque temos pessoas que vão adoecer, desenvolver casos graves e vir a óbito, e são vidas que podemos salvar”, disse a secretária.
A redução no número de casos de dengue também pode ser observada na queda da procura por atendimento nas unidades básicas de saúde. Segundo Ilda Angélica, presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias, a procura está diminuindo em várias localidades, e municípios que tinham inserido o terceiro turno para atendimento dos casos de dengue estão desativando o serviço.
Ainda não é possível determinar se a previsão inicial do ministério, de que o número de casos pode chegar a 4,2 milhões em 2024, será confirmada. Segundo a secretária, o cenário depende de fatores como chuvas e temperatura. “O mosquito ainda está aí, ainda temos um período de chuvas. As chuvas estão muito diferentes em vários estados e isso também facilita muito o mosquito. Então, temos a conjunção do calor extremo e das chuvas que vão facilitando a reprodução do mosquito”, explica.