Morte de 13 presos em MG é investigada após suspeita de overdose de drogas K
Casos registrados em dois presídios de Ribeirão das Neves, desde dezembro de 2023, podem estar relacionada ao uso de drogas sintéticas.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais comunicou que está investigando as mortes de pelo menos 13 detentos em dois presídios de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Há suspeitas de que os óbitos tenham sido causados por overdoses de canabinoides sintéticos, conhecidos como drogas K.
De acordo com a secretaria, sete pessoas que estavam cumprindo pena no Presídio Inspetor José Martinho Drumond morreram nos últimos 10 dias. Outras seis mortes foram registradas no Presídio Antônio Dutra Ladeira de dezembro de 2023 a março de 2024.
Nenhuma das ocorrências, segundo a Sejusp, apresentou lesões aparentes nos presos. As causas das mortes estão sendo investigadas pelo Depen (Departamento Penitenciário) e pela Polícia Civil do estado.
“As causas das mortes estão em apuração administrativa pela unidade prisional e, também, em apuração pela Polícia Civil. Todos os procedimentos necessários nos casos de óbitos foram realizados pela unidade prisional, que aguarda laudos da perícia”, informou a secretaria em nota.
Ainda de acordo com a Sejusp, as unidades prisionais e seus visitantes passam por revistas rotineiras para evitar a entrada e a permanência de materiais ilícitos. Uma campanha de conscientização sobre os danos do consumo de drogas também está em andamento.
“O Depen está em tratativas para uma grande campanha interna sobre os malefícios do consumo de álcool e drogas, em parceria com a Subsecretaria de Políticas sobre Drogas, da Sejusp”, disse.
As “drogas K”, popularmente conhecidas como K2, K4, K9 e spice, são canabinoides sintéticos criados em laboratório, com alto potencial destrutivo e capacidade de causar dependência.