Governo promete nova proposta para servidores da Educação em greve

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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A nova proposta deve ser apresentada na sexta-feira (19)

O Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo planeja disponibilizar novos recursos para atender às demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais. As categorias estão em greve em grande parte do país.

Santana afirmou que o governo já sinalizou com recursos adicionais para negociar com os servidores, não apenas sobre o plano de cargos e salários, mas também sobre o reajuste salarial para essa categoria. A nova proposta deve ser apresentada na sexta-feira (19).

Em uma reunião da Comissão de Educação do Senado, Santana falou sobre a greve dos servidores de universidades e institutos federais. Ele destacou que o governo tem se esforçado para encerrar o movimento grevista e ressaltou que o MEC não tinha mais condições de, por conta própria, aumentar a proposta para os servidores.

O ministro explicou que o orçamento do MEC não comporta mais nenhuma mudança de qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor. Portanto, será uma complementação orçamentária pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem. No entanto, ele não antecipou o valor que teria sido reservado para os professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino.

Santana informou que o anúncio será feito pela Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que lidera a negociação com os servidores. Ele lembrou que o governo deu reajuste de 9% para toda a administração pública no primeiro ano, após seis anos sem reajuste.

Para Santana, a greve ocorre quando não há mais diálogo, quando as negociações se encerraram ou quando não há mais qualquer possibilidade de melhorias. Ele acredita que o grande problema desta greve é o prejuízo para o Brasil e para os alunos.

Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, pelo menos 360 unidades de ensino aderiram à greve iniciada no último dia 3. Entre as demandas, está a recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, além de uma reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes.

Os professores de universidades federais entraram em greve nacional nesta segunda-feira (15), rejeitando a proposta do Ministério da Gestão. Eles querem reajuste de 22,71% em três parcelas de 7,06% por ano.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1 mil; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.

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