Veterinário nega socorro, e cachorro morre após sofrer parada cardíaca
Segundo a tutora, o profissional não fez o diagnóstico do animal. Clínica diz não ter responsabilidade perante o caso.
Um boxer, de nome Tudor, de 13 anos, passou mal, e, aflita, a tutora do cachorro, a professora Sofia Bethlem, 37 anos, buscou socorro no Centro Veterinário Vet Star, localizado no Paranoá, estabelecimento que diz oferecer assistência 24 horas. Mas, segundo a responsável pelo cão, o profissional freelancer contratado pela clínica teria se recusado a fazer o atendimento, e o pet morreu. A clínica negou responsabilidade ou falha.
O cachorro não conseguia se levantar. Juntamente com duas amigas, Sofia levou o cão às pressas para a clínica e viu o veterinário Daniel Motta na porta. “Pedi ajuda, mas ele falou: ‘Não, meu plantão já acabou. Só estou esperando o outro plantonista para poder ir embora’. Eu falei que era uma emergência, que meu cachorro estava precisando de ajuda”, contou.
Sofia implorou, mas o veterinário teria entrado na clínica e fechado a porta. “Eu fiquei em desespero. Tinha gastado bastante tempo para chegar até lá. Era sábado, 19h. Não tinha outra clínica perto. Acabei indo em outra clínica, em Sobradinho, mas quando cheguei, ele já estava morto. Literalmente, morreu no caminho”, lamentou.
Tudor era um cachorro idoso, com restrições de saúde, mas vivia bem. “O que me deixa angustiada é que o veterinário nem olhou. Ele recusou socorro”, afirmou a tutora.
Sofia cobrou explicações da Vet Star. A direção do centro argumentou que o veterinário seria freelancer e foi contratado por meio de um grupo de aplicativo, sem indicação e referência.
A tutora registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pretende apresentar denúncia ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do DF (CRMV-DF).
Sofia trabalhou com adestramento de cães. “E foi com o Tudor que aprendi a adestrar de forma positiva. Me ensinou a fazer um adestramento mais compreensivo, com base em recompensa, felicidade, em bem-estar. O adestramento dele era impecável. Era um boxer muito fofo, carinhoso”, lembrou.