Aumenta o número de pré-candidatos LGBTI+ nas eleições municipais

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O cadastramento no Programa Voto Com Orgulho é voluntário e individual

O primeiro boletim do Programa Voto Com Orgulho, que mapeia pré-candidaturas LGBTI+ nas eleições municipais deste ano, divulgado nesta semana pela Aliança Nacional LGBTI+, cadastrou 150 pré-candidaturas em todo o país. Desses, 132 são de pessoas LGBTI+ e 18 de pessoas aliadas à causa. Dos 150 pré-candidatos, 147 concorrem a vereadores e três a prefeito.

Cláudio Nascimento, diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenador geral do Programa Voto Com Orgulho, informou que pessoas que pretendem concorrer à vereança e à prefeitura nessas eleições podem se cadastrar no programa, existente desde 2016.

Nascimento afirmou que o objetivo do programa é estimular uma maior representatividade de pré-candidaturas LGBTI+ nas eleições, de caráter suprapartidário. “Não temos preferência por nenhum partido, porque é um trabalho não governamental, e entende que cada um se organiza do jeito que achar melhor”, disse.

O diretor da Aliança Nacional LGBTI+ celebrou o resultado da primeira parcial do programa este ano, tendo em vista que, em abril de 2020, o número de pré-candidaturas não chegava a 30. “É um indicador interessante de que possamos ter, este ano, uma representatividade maior da comunidade LGBTI+ na disputa eleitoral. Isso, para nós, é muito importante, porque é o debate que fica dos direitos, da cidadania, que é feito no Legislativo e nas câmaras municipais. Então, é fundamental que tenhamos mais pessoas aliadas à pauta da cidadania LGBTI+, trazendo uma visão específica, própria, da realidade da comunidade”, afirmou.

Nova parcial deverá ser divulgada a cada uma ou duas semanas, segundo Nascimento. O cadastramento no Programa Voto Com Orgulho é voluntário e individual. Os resultados finais devem sair até julho. As convenções dos partidos serão realizadas entre junho e agosto, quando serão confirmadas as candidaturas, dando visibilidade ao movimento.

Nascimento ressaltou que o foco central é o estímulo a candidaturas LGBTI+ para as eleições municipais, mas também é preciso ter pessoas aliadas à causa nas câmaras municipais. “É fundamental valorizar e lutar por uma maior representatividade da comunidade LGBTI+ nas câmaras legislativas municipais, mas também reconhecer a importância de ter mais aliados nesses espaços, para ter mais condições de ver sendo viabilizados projetos de lei e propostas legislativas, porque é preciso ter sempre um número mínimo de votos para os projetos de lei”, afirmou.

O presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, destacou que a organização vai apoiar todas as candidaturas e aliadas à causa, oferecendo suporte em relação à violência política, notícias falsas (‘fake news’) e discursos de ódio contra cada candidatura. Segundo ele, o programa é pluripartidário e se constitui como uma rede de cooperação e solidariedade ao pleito eleitoral. “Somos cidadãs que devem ter representação nos espaços públicos de poder”, afirmou.

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