Marcos Terto, um garoto de apenas 10 anos, está prestes a fazer história como o único cearense em sua categoria a representar o Brasil na Copernicus – Mathematics Global Final. Essa olimpíada de matemática, que teve uma fase classificatória no Brasil, culminará em uma edição global em Nova York, nos Estados Unidos, em julho deste ano.

Apaixonado por números desde cedo, Marcos encara essa competição com animação, mas também com tranquilidade e leveza. Para ele, a matemática é como uma “melhor amiga”, e seu entusiasmo é palpável. Diagnosticado como superdotado por sua psicóloga, Marcos compartilha sua jornada com humildade e determinação.

“Desde cedo, meu pai vem adiantando conteúdos que vou estudar lá na frente. Comecei a gostar e criei o hábito”, revela Marcos. A dedicação aos estudos foi fortalecida pelo apoio da família, especialmente do pai, Leandro Terto. Leandro e sua esposa perceberam rapidamente a facilidade com que o filho absorvia conhecimento, tanto na escola quanto nas atividades do dia a dia. Ele brinca: “O Marcos já leu mais livros do que eu em toda a minha vida”.

Marcos sempre teve uma afinidade natural com os números e ingressou cedo nas competições matemáticas. Atualmente cursando o 5º ano do Ensino Fundamental, ele já estuda conteúdos avançados. A descoberta de suas habilidades excepcionais veio quando sua professora o chamou para uma reunião no segundo ano. Ela notou que Marcos estava conversando em sala de aula, e a razão era simples: ele já dominava o que ela ensinava.

No final de 2022, a família decidiu buscar orientação psicológica para Marcos. A psicóloga observou que o vocabulário dele e sua pontuação em desafios de raciocínio lógico eram notavelmente diferentes. Por recomendação da profissional, Marcos realizou um teste de QI, obtendo uma pontuação impressionante de 145. Estava claro: o garoto possuía habilidades acima da média.

Leandro reflete sobre o resultado: “Eu disse para ela que aquilo não dizia muita coisa sobre como devo tratar meu filho”. A jornada de Marcos continua, e sua paixão pela matemática o levará a representar o Brasil em uma competição global, provando que, para ele, os números são muito mais do que meros símbolos – são um mundo de possibilidades e desafios a serem explorados.