Governo amplia público-alvo da vacinação contra HPV

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A decisão foi motivada por estudos que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença

O Ministério da Saúde anunciou que pacientes com papilomatose respiratória recorrente agora fazem parte dos grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. A decisão foi motivada por estudos que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, indicando uma redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

A vacina contra o HPV será ofertada a pacientes com papilomatose respiratória recorrente mediante apresentação de prescrição médica. Para pacientes menores de 18 anos, é necessário também um documento com o consentimento dos pais ou responsáveis.

A papilomatose respiratória recorrente é uma doença pouco frequente, geralmente benigna, mas que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. A doença, que acomete tanto crianças quanto adultos, é causada pela infecção pelo próprio HPV, principalmente pelos tipos 6 e 11, e se caracteriza pela formação de verrugas, geralmente na laringe, que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.

O tratamento é cirúrgico, envolvendo a remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. Mesmo com o uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, tornando necessários repetidos procedimentos cirúrgicos.

Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país passou a ser feita em dose única, substituindo o modelo de duas doses. A proposta é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, inclusive a papilomatose respiratória recorrente.

O esquema de dose única contra o HPV foi embasado por estudos de eficácia e segue as recomendações mais recentes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Atualmente, a imunização contra o HPV no Brasil é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

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