O triste modelo da sociedade brasileira

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Sobral contempla com sua história, episódios marcantes de união de entidades e classes em lutas por dias melhores para a comunidade. Era o tempo em que havia diálogo entre as instituições, a começar pelas que compunham os três poderes.

Os executivos agiam de modo a querer superar os antecessores, notabilizando-se pelo maior e mais importante volume de obras realizadas. Por outro lado, a Câmara de Vereadores endossava o que era benéfico e combatia os erros das gestões, ao mesmo tempo em que o Judiciário demonstrava poder e era visto como moderador dos demais poderes.

Houve tempos em que os homens tinham palavra, compromisso e boa vontade de fazer o melhor, contudo, veio a safra da maldita ganância, e ai os poderes se aliaram à causa de ignorar tudo o que não fosse do interesse próprio de cada um. Ocorria então, a decretação da morte da legalidade, da imparcialidade e da moral, elementos vencidos pela troca de benefícios públicos, pela corrupção e desvios de conduta.

É lamentável a forma como jogaram a história do Brasil no lamaçal da imoralidade. É deplorável o estado de inércia dos poderes na defesa da sociedade, no compromisso com a cobrança de deveres e cessão de direitos garantidos. O que antes era instituição, passou a ser puxadinho ou simplesmente vagão de trem da alegria com lotação de felizes palhaços. Marchamos para o caos da sociedade, para o desmanche das famílias e o empoderamento das facções nutridas pelos que deixaram de ser vulto para ser vulgar.

Editorial- 30/04/2024

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