O sobralense que se utiliza dos serviços do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) está atônito com o desenrolar de um episódio que já se tornou histórico: a taxa do lixo, que caiu como bomba no orçamento dos moradores, especialmente dos de menor poder aquisitivo. Depois de uma batalha envolvendo o povo, a prefeitura e o judiciário, a taxa teve sua obrigatoriedade suspensa, contudo, não se sabe se por muito tempo, já que o exército jurídico da municipalidade já entrou com recurso para derrubar a liminar vigorante.

Quem conhece o modus operandi do prefeito, que tem a criação de impostos como herança de família, sabe perfeitamente que ele fará de tudo para reverter tal decisão e continuar a penalizar o povo, que no momento está desobrigado a pagar à citada taxa. O prefeito poderá obter vitória em seu pleito, o que para os sobralenses não será novidade alguma, quando as decisões emanam do TJCE.

É natural que a população se abisme, não pela instituição da taxa, mas pela a forma como ela está sendo calculada e praticada, chegando a ter aspecto de extorsão, já que a modalidade sobralense não se assemelha com as que estão sendo praticadas em outras cidades.

Muito embora o processo de cobrança haja sido suspenso, todos sabem que o prefeito e seu grupo exercem uma forte influência sobre as instâncias jurídicas, e na quase totalidade dos casos acabam vencedores. O que era angústia e revolta, agora passa a ser temor de que a taxa volte a existir e que a impiedade do gestor seja ainda maior quando ao sofrer do povo.

Editorial- 08/05/2024