Três políticos são mortos no Ceará em 12 dias
Três políticos foram mortos no Ceará em um intervalo de 12 dias. Os crimes, que aconteceram em diferentes localidades do estado, entre o final de abril e o início de maio, vitimaram dois vereadores e um pré-candidato ao cargo. Dos três casos, apenas um teve o suspeito identificado e preso.
O primeiro ocorreu no dia 28 abril no município de Camocim, no interior do estado, e teve como vítima o vereador César Veras (PSB), de 52 anos. O político foi assassinado a facadas momentos após chegar a um restaurante com a esposa, por volta de 13h30. O atentado foi cometido por um garçom do estabelecimento que, ao se aproximar da mesa, golpeou o vereador por trás no pescoço.
Após atacar César, o homem também desferiu golpes em outro cliente e no dono do restaurante, fugindo logo em seguida. Os socorros foram acionados imediatamente e as vítimas foram levadas às pressas para unidades de saúde próximas.
César Veras foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos. Já o cliente e o dono do estabelecimento, que foram levados para a Santa Casa de Sobral, sobreviveram.
O autor das facadas, Antônio Charlan Rocha Sousa, depois de ser capturado pela polícia, afirmou que cometeu o crime pois estava sofrendo perseguição. “Queria sequestrar minha filha para vender para fora. Tem muita gente no meio envolvidos, é muito forte, é muito grande, é muito grande” declarou o garçom.
Os outros dois casos acontecerem nesta semana, em menos de 48 horas. Ambos eram filiados ao Partido Liberal (PL).
O suplente de vereador, Erasmo Morais, foi morto no Crato, região do Cariri, com tiros de fuzil próximo da própria residência, na última terça-feira (7). Testemunhas afirmaram para a polícia que dois homens em uma picape de cor branca teriam efetuado os disparos que mataram Erasmo.
O vereador teria levado mais de 10 tiros, mas a equipe de peritos que foi ao local contou 47 cápsulas espalhadas pelo local do crime, com 36 delas sendo de fuzil e 11 de pistola.
A morte de Erasmo ganhou ainda mais repercussão depois da divulgação de um vídeo no qual, durante uma sessão na Câmara de Crato, o suplente afirmava que, caso fosse assassinado, a motivação seria política. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime.
Fonte- GCMAIS