O que as calamidades revelam

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Em meio ao caos generalizado instalado após as enchentes que devastaram centenas de municípios gaúchos, é impossível permanecer inerte diante de tantas tragédias e pedidos de socorro. E se tem algo positivo que pode ser tirado de tanta dor e sofrimento é a solidariedade que se faz presente, despertando em muitos corações o olhar e amor ao próximo. E não importa quem seja o próximo. Na verdade, estão todos no “mesmo barco”: bebês, crianças, idosos, mulheres, homens, cães, gatos, cavalos.

São de amolecer até o mais duro coração as cenas de imensa devastação. A cada imagem, uma lágrima que escorre, sim, de muita angústia e tristeza, mas também de muita esperança, ao ver cada resgate, cada história de superação, cada vida salva.

Este diário tem noticiado, desde o início da tragédia, inúmeras mobilizações realizadas por todos os segmentos da sociedade, com o objetivo de ajudar, amparar, restaurar a fé e a certeza de que dias melhores virão. São aviões, helicópteros, barcos, caminhões e outros transportes, repletos de doações e de muito amor ao povo gaúcho.

O episódio, em meio a todas as lições de solidariedade e amor ao próximo, está sendo tingido pela sujeira de interesses políticos, brigas de partidos, de lideranças e partidários apaixonados, bem como de pedidos aleatórios de socorro, com o intuito de desviar o destino das doações. Esse mesmo mau-caratismo se iguala à prática de saques a cargas de caminhões tombados, enquanto o motorista agoniza entre as ferragens. Infelizmente existem seres assim.

Editorial- 13/05/2024

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