A desumanidade da ganância

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A ganância desmantelou o Mundo, contudo, o maior potencial do seu domínio parece ter nascido e crescido no Brasil, arruinando todas as instâncias de poder e classes. Por causa dela, o brasileiro esqueceu projetos e ações de crescimento, desenvolvimento humano e modernidade, voltando-se somente para a prática do enriquecimento ilícito.

Há nesse contexto, provas e mais provas de ações em que os adeptos da ganância priorizaram o dinheiro em detrimento de vidas humanas, como na época da pandemia, em que houve diversas denúncias e casos comprovados de desvio de verbas destinadas à compra de respiradores e leitos de UTI.

Esse modelo imoral prevalece em quase todas as situações envolvendo verbas para calamidades, tais como secas, inundações, desastres naturais e outros eventos que afetam os seres e o meio ambiente. O que está sendo relatado na atualidade do Rio Grande do Sul, a exemplo de roubos e estupros em abrigos, é antes de estarrecedor, a constatação de que o ser humano está cada dia pior.

A ganância descaracterizou os poderes do Brasil, que já não se voltam para o lado social, protegendo e emanando condições dignas de vida para a população, notadamente à mais pobre. Cada centavo destinado a essas causas é desviado pela corrupção, lavado ou depositado em contas no exterior, enquanto o país se deteriora e marcha para uma completa estagnação. Em suma, temos de nos convencer de que o Brasil precisa de mais ratoeiras e gaiolas.

Editorial- 16/05/2024

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