Ações da PF miram CACs suspeitos de ligação com facções criminosas

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Os investigados são suspeitos de ligação com o PCC e de usar o registro para fornecer armas para quadrilhas.

A Polícia Federal e Ministérios Públicos estaduais deflagraram duas operações contra a venda ilegal de armas e munições para facções criminosas e um grupo voltado à prática de roubos na modalidade “novo cangaço”. As investigações apuram o envolvimento de CACs, categoria formada por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, policiais militares e lojistas em desvios de armamentos para abastecer os criminosos.

“As ações investigadas constituem uma modalidade de conflito proveniente da evolução de crimes violentos contra o patrimônio, no qual grupos criminosos subjugam a ação do poder público por meio do planejamento e execução de roubos que causam um verdadeiro terror social”, afirmou a PF sobre o novo cangaço.

Em uma das ofensivas, batizada de Operação Baal e aberta em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, quatro CACs foram presos.

Eles são suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e de usar o registro da categoria para fornecer armas para quadrilhas. Agentes cumpriram 12 ordens de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão, em São Paulo, na Bahia, no Maranhão e no Piauí. Foi decretado o bloqueio e sequestro de bens dos investigados no valor de até R$ 4 milhões.

Durante as diligências, foram apreendidas diversas armas, inclusive fuzis com alto poder de destruição, explosivos, pólvora, granadas caseiras e coletes balísticos. Também foram encontrados, em uma casa no interior do Maranhão, peças de fardamento usado por policiais, o que indica que o grupo estava pronto para uma nova ação, segundo a PF.As investigações indicam que a quadrilha planejava um ataque para o fim do ano passado, mas a ação foi adiada porque um dos líderes do grupo foi executado por outra facção.

O inquérito foi aberto após uma tentativa de roubo a um banco em abril de 2023, em Confresa (MT). Na ocasião, suspeitos foram presos e mortos em confronto – um deles morava em São Paulo e integrava o PCC. O grupo sob suspeita também está ligado a ações de roubos em Criciúma (2021), Guarapuava (2020) e Araçatuba (2021).

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