Fiocruz anuncia projeto vencedor para memorial covid-19
O júri elogiou o trabalho apresentado pela equipe vencedora por unir circulação e contemplação
SOBRAL, CE – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou o projeto vencedor do Concurso Memorial Covid-19, um espaço dedicado a homenagear as vítimas da pandemia. A competição, organizada em conjunto com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), escolheu a proposta de uma equipe paulista composta por Paulo José Tripoloni, Pablo Mora Peludo, Gabriel Costa Dantas e Fernanda Macedo Haddad.
O júri elogiou o trabalho apresentado pela equipe vencedora por unir circulação e contemplação, além de demonstrar sensibilidade e entendimento sobre o memorial e o sofrimento a que ele remete. O projeto também foi destacado por reforçar o papel da ciência e narrar de forma poética as fases do evento pandêmico.
A equipe composta por Gabriela Giraldez Barros, Guilherme Albamonte Mejias, Pedro Augusto Galbiati Silva Giachini, Danielle Mascaro Pioli e Norma Mejias Quinteiro ficou em segundo lugar. O júri concedeu ainda cinco menções honrosas, entregues às equipes lideradas pelos seguintes responsáveis técnicos: Eron Costin (PR), Antonio Roberto Zanolla (SP), Maria Cristina Motta Oliverio (SP), Matheus Augusto de Oliveira e Carvalho (DF) e Duarte Vaz Guedes e Silva (RJ).
Marcela Abla, presidente do Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), afirmou que “as propostas oferecidas responderam bem ao edital e seguramente tanto a Fiocruz quanto o IAB-RJ estarão oferecendo à sociedade um espaço de memória”.
O espaço projetado pela equipe vencedora pretende oferecer reflexão e transformação para aqueles que o visitarem. A proposta prevê uma praça protegida na área próxima à Avenida Brasil e à entrada principal do campus sede da Fiocruz. A ideia é que os olhares dos que circularem pelo memorial sejam direcionados para a natureza existente.
Os autores explicam na proposta enviada que foram inspirados a criar empenas que, servindo de proteção acústica e visual, também preservam um espaço de acolhimento da alma. “Este é um isolamento às avessas da pandemia. Um local de paz, verdade e ao som dos pássaros que nele habitam”, explicam.
Segundo os autores, as empenas brancas que envolvem o conjunto são como lenços que enxugam as lágrimas. A água que cai como lágrimas flui em direção aos lagos, simbolizando a transformação e o renascimento. Ao percorrer o memorial, os visitantes são guiados à contemplação e incentivados a continuar através da interação lúdica com os espaços naturais.