Especialistas defendem novas tecnologias na participação social no Legislativo

Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados
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O principal avanço da terceira geração será a forma de consumo

Em um debate realizado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (23), especialistas em comunicação e tecnologia apontaram que a chegada da TV 3.0 e da Web 3.0 pode ampliar a participação social no legislativo. O evento fez parte da jornada de debates “Tecnologias emergentes e o futuro da participação”, realizada pela Câmara dos Deputados em comemoração aos dez anos do LAB Hacker – Laboratório de Inovação da Câmara.

A TV 3.0, cujo padrão tecnológico deve ser definido pelo governo federal até o fim deste ano, promete uma convergência completa entre a TV tradicional e a internet, além de um salto na qualidade de imagem e som. Marcelo Moreno, professor de ciência da computação da Universidade Federal de Juiz de Fora, apresentou o atual estado de desenvolvimento do protótipo.

Moreno explicou que a TV continuará funcionando com o sinal pelo ar e não precisará de internet para esse acesso. No entanto, para ter acesso às maiores opções de experiências imersivas, será necessário que os receptores estejam conectados à internet.

Os palestrantes enfatizaram que os atributos das novas tecnologias ainda precisam ser totalmente desenvolvidos, em um trabalho cada vez mais conjunto entre profissionais de comunicação e de tecnologia da informação. Daniella Vieira, especialista em tecnologias emergentes do Sebrae Nacional, ressaltou que os usos da inteligência artificial estão apenas começando.

Na segunda parte do evento, foram apresentados protótipos de participação desenvolvidos pela Câmara dos Deputados, como o Plenário Fácil e as audiências interativas. Edmundo Andrade, da Diretoria de Tecnologia, apresentou alguns usos da inteligência artificial para a interação com a população.

Jorge Paulo, coordenador de Participação de Inteligência da Diretoria-Executiva de Comunicação e Mídias Digitais, falou sobre a volta do principal mecanismo de engajamento do cidadão nos debates que ocorrem nas comissões da Câmara – as audiências interativas.

Ainda não há um cronograma para a implantação da nova tecnologia, mas uma meta é que na Copa do Mundo de Futebol de 2026 já existam emissoras em condições de transmitir na nova tecnologia e televisores disponíveis no mercado.

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