O que era “ruim” piorou

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A Santa Casa de Misericórdia de Sobral, que no próximo ano será mais um dos ícones centenários de Sobral, criados pelo bispo Dom José Tupinambá da Frota, amarga um de seus piores períodos de pobreza e ineficiência, agravado desde quando o hospital sofreu intervenção por parte da prefeitura local, que sequer consegue manter ativa a rede de postos de saúde do Município.

A partir de 1997, os prefeitos passaram a ambicionar a estrutura e os recursos do hospital como ferramentas importantes para a manutenção e ampliação do seu poderio político, deixando em planos inferiores suas principais, isto, ainda quando o padre José Linhares o administrava e o mantinha como referencial na saúde dos sobralenses e de diversos municípios da região Norte, e mesmo de outros estados.

De hospital de referência, hospital escola e complexo de saúde, a Santa Casa passou à condição de entidade hostil aos olhos e ao senso ridículo dos interessados em seu potencial, notadamente, o econômico. O pretexto da gestão, que se arvorava de expert em gestão hospitalar, era o de que o hospital estava sendo manipulado por pessoas com interesses alheios aos seus objetivos, no entanto, a intervenção veio como pimenta no lugar do colírio que se esperava da entidade interventora. Assim, o que era “ruim” piorou e muito, trazendo trágicas consequências ao público usuário do hospital, principalmente o lado mais pobre.

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