Mãe se emociona após delegado declarar inocência de professor denunciado por abusar de aluna

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Maria Sheila, mãe do professor Brunno Wesley, viveu 63 dias de angústia e desespero. Seu filho havia sido denunciado por violentar uma aluna de cinco anos, e a notícia abalou a comunidade escolar. No entanto, recentemente, a Polícia Civil declarou que Brunno não teve participação no crime.

O professor, afastado da unidade onde ensinava no bairro Bonsucesso, agora aguarda sua reintegração às atividades da escola. A Secretaria Municipal da Educação (SME) garantiu que dará todo o suporte necessário para que ele retome suas funções com respeito e segurança.

Embora o inquérito policial ainda esteja em andamento, a notícia de que Brunno não será indiciado trouxe alívio para Maria Sheila. Em um vídeo emocionado, ela expressou o desespero que sentiu durante esses 63 dias: “Sem dormir direito, sem comer direito, vendo meu filho querendo se matar… Alguém tem noção desse desespero que eu passei nesses dias todos?”

Sheila também revelou que seu filho precisou se esconder devido à repercussão do caso. No entanto, na delegacia, ela foi informada de que Brunno está fora do inquérito policial e não tem relação com o crime.

Desde que o caso repercutiu, fotos de Brunno Wesley circularam pelas redes sociais com mensagens de ameaça, associando-o ao terrível ato cometido contra a criança. No dia 27 de março, pais de alunos fizeram um protesto em frente à escola em reação ao caso.

Cerca de uma semana depois, o professor compartilhou um boletim de ocorrência denunciando que a sua casa foi violada e teve bens furtados. Brunno também denunciou ser alvo de ameaças e calúnias.

Um perfil em rede social criado para defender a inocência do professor tem mais de 2 mil seguidores, reunindo mensagens de apoio e comentários de pessoas que conheciam o professor, incluindo familiares de ex-alunos.

“Gostaria de me comunicar com as pessoas que estão orando por mim, gostaria de dizer que o inquérito está em andamento sob segredo da Justiça, que estou à disposição da Justiça. Estou me mantendo afastado das redes sociais diante das ameaças que estou recebendo, mesmo eu sendo inocente. Peço que continuem orando por mim”, disse Brunno, no início de abril.

A mãe de Brunno também chegou a se pronunciar dias depois da repercussão do caso, relatando que o filho estava sendo ameaçado de morte diariamente.

Na página, o professor também havia comunicado que as filmagens disponibilizadas pela escola evidenciavam que ele não teve contato com a criança que foi violentada. “A criança precisa de justiça e que o verdadeiro culpado seja penalizado”, dizia a mensagem.

Conforme a denúncia feita pela mãe da criança, a menina apresentou dificuldade para urinar, com dor e sangramento. Ao verificar, a mãe percebeu que as partes íntimas da garota estavam vermelhas e irritadas.

“Depois que ela chegou da escola, ela estava com medo de fazer xixi. Tava com dor, não queria fazer xixi, ficou prendendo, dizendo que ia sair sangue. Eu fiquei conversando com ela, pra saber o que tinha ocorrido. O primeiro relato dela foi que um amigo dela tinha passado a mão nela, passado a mão nas partes íntimas dela”, afirma.

Ao conversar com a filha, a garota relatou para a mãe, no dia 24 de março, que no momento que foi beber água na escola um “amigo grande” a chamou dizendo que uma “amiguinha” dela estava ferida e a levou a uma sala. No local, ele teria “colocado os dedos” nas partes íntimas dela.

Ao saber do ocorrido, a mãe levou a criança para atendimento no Hospital Infantil Dra. Lúcia de Fátima Ribeiro Guimarães Sá, no Bairro Parangaba, onde a menina foi examinada, e o médico falou sobre o indício de violência sexual.

A mulher também registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher, que encaminhou a criança para exame de delito na Perícia Forense.

Ainda em março, a Secretaria Municipal da Educação (SME) informou que abriu uma sindicância para apurar rigorosamente a denúncia por meio de um Procedimento Administrativo Disciplinar. O professor suspeito do crime foi afastado da unidade.

Fonte- G1

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