Mulheres jovens são principais vítimas de esclerose múltipla

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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De acordo com Abem, pelo menos 40 mil brasileiros são afetados por essa condição

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central. Seus sintomas variam amplamente, podendo ser graves ou se assemelhar a condições cotidianas, muitas vezes levando o paciente a não buscar assistência médica imediata. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), pelo menos 40 mil brasileiros são afetados por essa condição.

A doença atinge principalmente mulheres jovens, entre 20 e 40 anos. Para aumentar a conscientização sobre a esclerose múltipla, 30 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Os sintomas comuns incluem fadiga intensa, alterações na fala, problemas visuais, dificuldades de equilíbrio e coordenação, fraqueza geral, espasticidade, e parestesia. Além disso, os pacientes podem experimentar dores musculares, sintomas cognitivos e transtornos emocionais como depressão e ansiedade.

A neurologista Carolina Alvarez explica que a esclerose múltipla ocorre quando o organismo produz anticorpos contra a bainha de mielina, uma estrutura que isola eletricamente os nervos e aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. A degeneração da bainha de mielina afeta diferentes partes do corpo, dependendo da área do sistema nervoso central atingida, como o cérebro, cerebelo, tronco cerebral ou medula espinhal.

O diagnóstico da esclerose múltipla exige a análise de critérios bem estabelecidos, incluindo a coleta de dados do histórico do paciente e a observação de sinais e sintomas ao longo do tempo. A ressonância magnética é fundamental para visualizar as lesões na bainha de mielina. Em alguns casos, é necessário realizar uma punção lombar para analisar o líquido cerebrospinal. O processo de diagnóstico pode ser demorado, exigindo acompanhamento contínuo do paciente até que se chegue a uma conclusão definitiva.

Embora a causa exata da esclerose múltipla ainda não seja totalmente compreendida, sabe-se que fatores ambientais como infecção pelo vírus Epstein-Barr, deficiência de vitamina D, tabagismo e predisposição genética podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Entretanto, nenhum desses fatores é determinante por si só.

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