Nova lei para indústria deve gerar R$ 20 bilhões em investimentos

Foto: Agência Brasil
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Segundo a Abimaq, a medida tem o potencial de alavancar investimentos de R$ 20 bilhões

A modernização do parque industrial brasileiro ganhou um impulso significativo com a nova lei para a depreciação acelerada, sancionada esta semana pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, também conhecida como lei da depreciação acelerada, tem o potencial de alavancar investimentos de R$ 20 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Benefícios da Depreciação Acelerada

A diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, destacou a importância dessa mudança para o setor industrial. Ao permitir o abatimento acelerado do valor de máquinas e equipamentos nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a nova lei oferece vantagens significativas:

  1. Competitividade para Investidores: A depreciação acelerada proporciona maior competitividade para quem investe, ao antecipar a restituição de impostos e garantir fluxo de caixa para as empresas.
  2. Agilidade no Abatimento: Em vez de um processo gradual de abatimento ao longo de 25 anos, a nova lei permite que o valor das máquinas adquiridas até 2025 seja abatido em apenas duas etapas: 50% no ano de instalação ou entrada em operação e 50% no ano seguinte.
  3. Créditos Financeiros: O programa inicialmente destinará R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos.

Impacto das Enchentes no Rio Grande do Sul

Apesar dos benefícios da nova lei, a Abimaq também avaliou os desafios enfrentados pelo setor. As recentes enchentes no Rio Grande do Sul deverão impactar as vendas nacionais de máquinas e equipamentos em até 5%. O estado, responsável por 10% de toda a comercialização desses produtos no país, enfrentará um recuo ainda mais significativo, com previsão de queda de até 50% nas vendas.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão, ressaltou que o impacto exato das enchentes dependerá das iniciativas do Plano Safra do governo federal para a região. Cerca de 140 mil agricultores, principalmente na região leste do estado, foram afetados pelas inundações. Apesar dos desafios, a expectativa é que as medidas governamentais possam mitigar parte desse impacto negativo.2de10

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