Movimento VapeOFF alerta sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos

Foto: Haibertiu/Pixabay
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A iniciativa da Fundação do Câncer faz parte da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS)

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta sexta-feira (31), a Fundação do Câncer lançou o #movimentovapeOFF para alertar sobre o crescente uso de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes. Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) indicam que o consumo desses dispositivos aumentou 600% nas Américas nos últimos seis anos.

A iniciativa da Fundação do Câncer faz parte da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Proteger as crianças da interferência da indústria do tabaco”, que busca impedir a formação de novos fumantes. A campanha incentiva os governos a cumprirem as determinações da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CQCT) e as diretrizes adicionais do Artigo 13, adotadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2004 (COP 10), sobre a proibição da propaganda, promoção e patrocínio do tabaco.

De acordo com a OMS, as empresas de tabaco gastam mais de US$ 8 bilhões por ano em marketing e publicidade, focando principalmente na população jovem para estimular o consumo de cigarros eletrônicos. O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, destacou que, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantenha a proibição de entrada de cigarros eletrônicos no Brasil, há uma pressão intensa das indústrias de tabaco para formar novos fumantes, o que representa um grande risco para a população jovem e vulnerável.

Para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco, a Fundação lançou o #movimentovapeOFF para conscientizar os jovens sobre os malefícios desses dispositivos. “A ideia do movimento é mobilizar a sociedade, entidades públicas e privadas, para juntos oferecermos um futuro saudável aos nossos jovens. Estamos fazendo um chamado para que todos se juntem a nós nesse movimento e se tornem vapeOFF”, disse Maltoni à Agência Brasil.

Maltoni alerta que há uma falsa ilusão de que o cigarro eletrônico ajuda o fumante a largar o vício. “Isso não acontece. Acaba sendo uma porta de entrada para o vício. Sabemos que quem começa a fumar o cigarro eletrônico tem o dobro de chances de migrar para o cigarro convencional”, afirmou.

Ele lembrou que não há publicações científicas que comprovem a eficácia do cigarro eletrônico como instrumento para parar de fumar. “Pelo contrário, só há riscos. Existem substâncias tóxicas, cancerígenas e um alto percentual de nicotina que leva à dependência”, disse Maltoni.

Com mais de 200 sabores e aromas, e formatos variados, os cigarros eletrônicos enganam os jovens, mas causam problemas graves como pneumonias, queimaduras e explosões, segundo especialistas. “Não há nada de bom nisso”, afirmou Maltoni.

Ele destacou que o grande desafio do movimento é alcançar a população jovem que está se formando e é vulnerável ao vício do tabaco. “O desafio é mobilizar e informar, trazendo questões claras”, concluiu.

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