Estiagem e seca causam prejuízos bilionários no Brasil em 24 anos

Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil
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Cerca de 110 milhões de brasileiros foram afetados por essas condições climáticas adversas

Por mais de duas décadas, a estiagem e a seca têm sido os desastres climatológicos mais devastadores no Brasil. Entre os anos 2000 e 2023, esses fenômenos causaram danos significativos tanto no setor privado quanto no público, totalizando impressionantes R$ 391 bilhões. Além disso, cerca de 110 milhões de brasileiros foram afetados por essas condições climáticas adversas, de acordo com um levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

No setor privado, a agricultura foi a área mais atingida, registrando prejuízos de R$ 258 bilhões durante o período analisado. Culturas como soja, milho, café e cana-de-açúcar foram severamente afetadas pela falta de chuvas, resultando em perdas significativas para os produtores rurais. Além disso, a pecuária também sofreu danos consideráveis, totalizando R$ 84 bilhões. Esses números são alarmantes, especialmente considerando que o agronegócio representa aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Na esfera pública, os impactos da estiagem e da seca também foram sentidos. Os danos acumulados atingiram R$ 32 bilhões, afetando serviços essenciais como abastecimento de água, saúde e infraestrutura. Estados como Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso, Bahia e Paraíba foram os mais afetados, enfrentando desafios na gestão de recursos hídricos e na assistência à população.

O prejuízo anual estimado devido à falta de chuva é de R$ 16 bilhões. Essa cifra representa não apenas perdas financeiras, mas também impactos sociais, como desemprego, migração e escassez de alimentos.

A estiagem e a seca continuam sendo uma preocupação séria para o Brasil. É fundamental investir em medidas de adaptação, como sistemas de irrigação eficientes, manejo sustentável dos recursos naturais e políticas de mitigação dos efeitos climáticos. Somente assim poderemos reduzir os prejuízos econômicos e proteger nossa população contra esses desastres recorrentes.

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