Produção de veículos registra queda de 26,8% em maio

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
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Segundo dados da Anfavea houve uma redução de 26,8% na produção total de autoveículos, fechando o mês com 166,7 mil unidades produzidas

A indústria automobilística brasileira enfrentou um mês desafiador em maio de 2024, com uma queda significativa na produção de veículos. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), houve uma redução de 26,8% na produção total de autoveículos, fechando o mês com 166,7 mil unidades produzidas. Este número é inferior não só em relação a maio do ano anterior, mas também mostra uma diminuição de 24,9% comparado a abril de 2024.

A produção de automóveis, que compõe a maior parte da produção de veículos, também sofreu uma queda de 26,2% em maio, com 129,2 mil unidades. O acumulado do ano até agora também reflete uma baixa, com uma queda de 4,3% em comparação com o mesmo período de 2023.

Os comerciais leves apresentaram uma queda ainda mais acentuada, com 23,6 mil unidades produzidas em maio, representando uma queda de 44,4% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 41,3% em relação a abril de 2024. No acumulado do ano, a produção dessa categoria teve uma leve queda de 0,7%.

Em contraste com a produção de veículos leves, a fabricação de caminhões mostrou um desempenho robusto, superando a marca de 50 mil unidades no ano, um aumento de 30% em relação aos primeiros cinco meses de 2023. Maio de 2024, em particular, viu um aumento de 33,1% na produção de caminhões em comparação com maio do ano passado.

As vendas totais de veículos, incluindo modelos nacionais e importados, atingiram 194,3 mil unidades, o que representa uma queda de 12% em relação a abril, mas um aumento de 10% em comparação com maio de 2023. O acumulado do ano até agora mostra um crescimento de 15%, com 929,7 mil unidades emplacadas.

A Anfavea destacou que, apesar das quedas observadas, maio de 2024 teve a melhor média diária de vendas desde 2019, com 9.250 unidades vendidas por dia. No entanto, o estado do Rio Grande do Sul experimentou uma queda significativa de 64% nas vendas, impactando o mercado nacional.

O setor automotivo brasileiro também está atento ao crescimento das importações, especialmente de veículos elétricos e híbridos de origem chinesa, que representaram 82% do aumento das importações no ano, beneficiando-se de um Imposto de Importação mais baixo.

As exportações, por outro lado, continuam a decepcionar, com uma queda de 41,4% em maio e um recuo de 29,7% no acumulado do ano até maio.

No que diz respeito ao emprego, houve um aumento de 1,3 mil empregos em maio em relação a abril, alcançando um total de 103.299 empregos diretos nas fábricas de autoveículos. Este é o melhor nível desde novembro de 2022, refletindo os investimentos realizados pelos fabricantes.

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, ressaltou a importância dos empregos indiretos gerados pela indústria automotiva, que são estimados em dez vezes o número de empregos diretos. Ele vê os números de emprego como um sinal positivo dos investimentos anunciados anteriormente pelos fabricantes.

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