Médicos alertam para a importância da vacinação para gestantes

Foto: Arquivo/André Borges/Agência Brasília
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A vacinação durante a gestação é crucial não apenas para a saúde da mãe

Médicos e especialistas em saúde pública estão intensificando os alertas sobre a essencialidade da vacinação no pré-natal, após a cobertura da vacina dTpa, que protege contra coqueluche, tétano e difteria, ter atingido apenas 75% em 2023. A vacinação durante a gestação é crucial não apenas para a saúde da mãe, mas também para oferecer proteção ao recém-nascido contra doenças potencialmente fatais.

A jornalista e atriz Natália Gadioli, grávida pela segunda vez, é uma defensora da vacinação e planeja tomar a dTpa assim que chegar às 20 semanas de gestação. Ela destaca o impacto negativo das fake news e da desinformação, que têm contribuído para o medo e a hesitação vacinal entre as gestantes.

Juarez Cunha, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, aponta a falta de percepção de risco como um dos principais fatores por trás da hesitação vacinal. Ele ressalta a importância de uma comunicação eficaz e bem-informada por parte dos profissionais de saúde, especialmente em um cenário onde até mesmo alguns médicos têm adotado um discurso anti-vacina.

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento de casos de coqueluche em vários países, uma tendência que pode se espalhar para o Brasil. Com 31 infecções confirmadas até o início de abril, e mais de 80% delas em bebês com menos de seis meses, a vacinação pré-natal surge como uma linha de defesa vital para os mais vulneráveis.

Nilma Neves, ginecologista e vice-presidente da Comissão de Vacinas da Febrasgo, enfatiza que os profissionais de saúde devem não apenas prescrever as vacinas, mas também garantir que elas sejam administradas e esclarecer quaisquer dúvidas ou receios das gestantes. Ela também chama a atenção para problemas logísticos, como a indisponibilidade de salas de vacina nos finais de semana e horários limitados de atendimento, que dificultam o acesso das gestantes à vacinação.

Este cenário reforça a necessidade de campanhas de conscientização e estratégias para melhorar o acesso às vacinas, garantindo que todas as gestantes recebam a proteção necessária para si e para seus bebês. A colaboração entre o sistema de saúde, profissionais médicos e a sociedade é fundamental para superar os desafios da hesitação vacinal e assegurar uma cobertura vacinal completa para as futuras mães do Brasil.

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